No mundo, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens. No Brasil, também (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que em 2018 ocorreram 68. 220 novos casos e 15.391 mortes. Um importante fator de risco para câncer de próstata é o histórico familiar. Parentes de primeiro grau apresentam risco 2 vezes maior de câncer de próstata. Esse risco pode ser quatro vezes maior se o parente de primeiro grau apresentou câncer de próstata com menos de 60 anos, o que enfatiza a importância dos fatores genéticos. Entre os genes que levam a maior risco de câncer de próstata destacam-se os genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes sãomuito famosos, devido a Angelina Jolie e, principalmente, por sua associação com maior risco de desenvolvimento de câncer de mama em mulheres e em homens também. Além disso, homens com mutações herdadas dos genes BRCA1 ou BRCA2 podem ter um risco 3 a 8 X maior de desenvolverem câncer de próstata, maior risco de câncer de pâncreas e risco 11% maior de câncer esporádico. Além disso, pacientes portadores de mutações herdadas no gene BRCA2 apresentam, piores prognósticos e piores resultados clínicos do que os não portadores, quando tratados com cirurgia ou radioterapia. Os tumores mutantes BRCA2 geralmente mostram a presença concomitante de carcinoma intraductal de próstata (IDCP), que é um mau indicador prognóstico. O estudo IMPACT de 2018 relatou que a concentração de PSA é mais fortemente preditiva do câncer de próstata em portadores da mutação do gene BRCA2. Os autores sugeriram que as concentrações de PSA e o exame de toque retal (DRE) devem ser realizados a partir do 40 anos de idade para estes indivíduos. Além disso, portadores de mutações herdadas do BRCA2 com menos de 50 anos de idade e com concentração de PSA ≥1,5 ng ou com mais de 50 anos de idade e PSA ≥2,5 ng / ml, devem ser encorajados a realizarem a biópsia de próstata. Se o exame de toque retal for alterado, a biópsia deve ser realizada, independente do PSA.
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